Os postos de gasolina de Cornélio Procópio, Norte do Paraná, já amanheceram com filas na manhã desta quarta-feira, 23. É o reflexo imediato do terceiro dia do protesto dos caminhoneiros pelas rodovias do estado e de todo o país.
Os caminhoneiros reivindicam a redução da carga tributária sobre o preço do diesel, que, na opinião deles, daria fôlego ao setor, já que esse produto representa 42% do custo do frete.
O Governo Federal, presidentes do Senado e Câmara Federal, discutem o assunto e até já acenaram com a eliminação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico). No entanto, a categoria faz outras reivindicações e a situação segue indefinida.
No terceiro dia de paralisações das rodovias, teve início a corrida aos postos de combustíveis, e, em alguns supermercados, já começa a faltar verduras e legumes.
A situação preocupa os governos federal, estadual e municipal. Em Cornélio Procópio-PR, a vice-prefeita Angélica Olchaneski, que acumula o cargo de Secretária de Saúde, disse estar preocupada com o reflexo que o movimento de paralisação trará para grande parte da população.
“A reivindicação deles é justa e o protesto pacífico é salutar. No entanto, se começar a falta gasolina e alimentos, a situação pode ficar muito complicada”, acrescentou.
Em relação ao município, Angélica destacou que a frota de veículos não tem reserva de combustível e isto poderá afetar alguns setores da prefeitura, principalmente, o da saúde.
“Estamos vendo a categoria determinada a paralisar tudo mesmo e, por isso, vamos aguardar e esperar que haja limites nesta situação. Setores emergenciais, por exemplo, não podem ser afetados. Esperamos que ocorra logo um acordo entre governo e caminhoneiros e que seja bom para os dois lados”, completou.(Texto:Ricardo Bonfim).