A Secretaria de Defesa Social de Londrina, no norte do Paraná, decidiu demitir o guarda municipal Ricardo Leandro Felippe. Ele foi preso em abril depois de matar três e ferir outras três pessoas.
A decisão é baseada no processo administrativo da corregedoria da Guarda Municipal. O relatório de 230 páginas, resultado de oito meses de investigações, reúne documentos, vídeos e depoimentos.
“Ele infringiu dois incisos [do Estatuto da Guarda Municipal de Londrina], um que é o de má conduta do agente e outro de ofensa física que ele realizou e resultou no caso dele. No nosso estatuto não há a tipificação de crime contra a vida, ficando na ofensa física gravíssima, que resulta na demissão”, explicou o assessor da secretaria de governo, Moyses Silva Junior.
O caso
Ricardo Felippe estava na GM desde 2009. No dia 3 de abril, depois de voltar de um afastamento por atestado médico, ele deixou o trabalho armado à procura de amigos e familiares de mulheres com quem manteve relacionamentos.
Depois do crime, ele fugiu para o interior de São Paulo, onde foi preso horas depois.
O guarda municipal foi denunciado por homicídio e feminicídio, quando a morte tem relação com violência contra a mulher. Se condenado, as penas podem passar dos 30 anos de reclusão.
Em agosto ele prestou depoimento à Justiça e disse não se lembrar de detalhes dos crimes.
Advogados de Ricardo pediram um exame de sanidade mental. De acordo com a defesa, ele tem problemas psicológicos. O exame não tem data para ser feito. E, somente depois do laudo é que o processo volta a ser analisado pela Justiça. (Rádio Web CP com texto e informações G1 Norte/Noroeste).